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O nosso cantinho com as palavras
A violência nas crianças
Ato I
Cena I
Entram em cena o narrador e todos os pré-históricos. Estes encontram-se algures na pré-história, que é caracterizada por pedras e uma caverna.
Narrador: Hoje viemos contar um dos grandes problemas dos dias de hoje. Vamos falar sobre a agressão física e psicológica nas crianças.
Menino da pré-história: Tenho tanta curiosidade… Gostava de saber como é que as coisas são no futuro. (intrigado) Mas como o saberei?
Menina da pré-história: Também gostaria de saber. (Pensa um pouco) Já sei!!! Vamos construir uma máquina do tempo.
Pré-histórico(1): O que é isso? (confuso) Nunca ouvi tal coisa…
Pré-histórico(2): (dirigindo-se à menina da pré-história) Estás parva? Não temos nada para o fazer.
Menina da pré-história: Não sei como, mas de alguma forma vamos conseguir fazê-lo. Apanhem tudo o que encontrarem!
Narrador: Os pré-históricos procuraram, procuram… até que um pré-histórico encontra algo misterioso que parece “ter vida”.
Pré-histórico(1): Venham, venham, acho que encontrei alguma coisa, isto está a…
Pré-histórico(2): (interrompendo e entusiasmado) O que é? Quero ver, quero ver!
Menino da pré-história: Tem calma, todos querem ver... Um de cada vez. (empurram-no)(Furioso) Não empurrem!
Pré-histórico (1): (eufórico, contente) Funciona, funciona! Já sabem que quero ser o primeiro a ver o que está para lá do portal.
Menina da pré-história: Não, tu não vais, por agora, (apontado para o menino da pré-história) só eu e ele é que vamos ver o que está para lá deste misterioso portal.
Entram os dois no portal
Ato II
Cena I
Entram em cena os meninos pré-históricos e o narrador que se localizam numa cidade com prédios altos e muito movimento.
Narrador: Agora numa cidade, os meninos apercebem-se de que estão no futuro. (Os meninos olham, vagarosamente, a seu redor) Ao olharem à volta dão conta de algumas situações invulgares, não existentes na pré-história, que os perturbam.
Menino da pré-história: (confuso) O que é que se está a passar? (apontando para uma casa) O que é aquilo?
Menina da pré-história: Não sei! Nunca vi nada assim… (para e pensa) Vamos ver mais de perto.
Menino da pré-história: Apesar de não saber o que se passa, tenho a certeza que aquela criança está muito triste. Parece que a estão maltratá-la.
Menina da pré-história: Estão a bater-lhe, (confusa) mas porquê? Não entendo nada! Juro, não compreendo!
O menino e a menina aproximam-se da janela da casa que estavam a observar. Com cuidado, espreitam para dentro da casa.
Menina da pré-história: (desesperada) O que fazemos agora?
Ouvem-se gritos e o som de estalas, no soar da última estalada os meninos tocam à campainha e a mãe vai abrir a porta.
Cena II
Entram em cena os meninos pré-históricos e a agressora. Todos estão dentro da casa da agressora.
Menino da pré-história: Boa tarde. Queríamos falar consigo, acerca do que acabou de acontecer nesta casa.
Agressora: Podem entrar, (desconfiada) mas quem são vocês e o que querem? Por que estão aqui?
Menina da pré-história: Somos da pré-história. O que estavam a fazer àquela criança?
Agressora: (incomodada com a situação e fingindo que não sabe de nada) Não sei do que estão a falar. O que é que vocês viram?
Entretanto chega o agressor que ouviu toda a conversa.
Cena III
Os meninos pré-históricos e a agressora permanecem em cena, mas entra o agressor. Continuam dentro de casa.
Agressor: Vão-se embora, metam-se na vossa vida! Não têm nada a ver com isto.
Entra a vítima
Cena IV
Permanecem em cena os pré-históricos e os agressores e entra a vítima, todos continuam na casa dos agressores e da vítima.
Vítima(1): (dirigindo-se aos pré-históricos) Quem são vocês?
Agressor: São amigos, mas agora temos de ir ao supermercado.
Vítima(1): (Aparte: dirige-se à boca de cena e sussurra) Que mau aspeto, que têm estes amigos dos meus pais, parece que vieram da pré-história.
Agressora: (ouviu o que a vítima disse) Na realidade, vieram, mas agora vamos às compras.
Vítima(1): Posso ficar aqui com eles?
Agressor: Não, não podes. Tu vens connosco.
Ato III
Cena I
Ficam em cena apenas os meninos pré-históricos e o narrador. No meio da cidade com o mesmo cenário onde os meninos pré-históricos foram parar quando passaram para lá do portal.
Narrador: Depois de saírem daquela casa, os meninos pré-históricos vão a outra e reparam que existe outro problema. Os meninos deparam-se novamente com um rapaz que estava a ser agredido.
Menino da pré-história: (furioso) Pronto! Já chega! Não conseguimos fazer com que isto acabe sozinhos, precisamos de mais gente. Mas quem?
Menina da pré-história: Já sei! Vamos chamar os nossos amigos.
Depois de muito observarem, os meninos apercebem-se de que já não existe portal.
Menino da pré-história: (preocupado e confuso) Onde é que está o portal? Onde será que ele está?
Menina da pré-história: Como é que vamos voltar?
Menino da pré-história: Tive uma ideia! Só duas pessoas com força de vontade e coragem é que nos podem ajudar a voltara a abrir o portal. Mas quem?
Menina da pré-história: Realmente só existem duas pessoas que nos podem ajudar. E essas são as vítimas.
Menino da pré-história: Claro, que ótima ideia!
Entretanto a família que tinha ido ao supermercado volta a casa. Os meninos dirigem-se para ela, batem à janela e a vítima deixa-os entrar.
Cena II
Entram nesta cena a primeira vítima e os meninos pré-históricos que voltam todos a estar na casa da vítima.
Vítima(1): (espantada) O que é que querem?
Menina da pré-história: Tem calma, só te queremos pedir uma coisa.
Vítima(1): (com medo) O quê? Querem bater-me?
Menino da pré-história: Não, só queremos que expliques aos nossos amigos o que é que fizeram.
Vítima(1): Ok! Onde é que eles estão?
Menina da pré-história: Segue-nos! Vem atrás de nós.
Os dois meninos dirigem-se à casa onde se encontra a segunda vítima.
Ato IV
Cena I
Nesta cena entram os dois meninos pré-históricos, as duas vítimas e o narrador, sendo que todos eles (exceto o narrador) estão dentro da casa da segunda vítima.
Menino da pré-história: Olá, há pouco vimos que foste agredido pelos teus pais.
Menina da pré-história: Então queríamos que viesses connosco até à pré-história, para podermos contar aos nossos amigos o que se passa aqui no futuro.
Vítima(2): Voltar à pré-história? Hã?
Vítima(1): Sim, eles vieram da pré-história através de um portal.
Vítima(2): E tu, quem és?
Vítima(1): Eu sou uma criança que também foi agredida pelos pais, tal como tu, quanto sei.
Menino da pré-história: Então, vens?
Menina da pré-história: Por favor, vem connosco.
Vítima(2): Ok, eu vou. Mas, não pudemos demorar muito tempo.
Menino da pré-histórica: Vamos e voltamos num instante, como já ouvi dizer aqui no futuro, num abrir e fechar de olhos já cá estamos de volta.
Narrador: Juntos os meninos da pré-história e as vítimas conseguem reabrir o portal e voltar à pré-história. Agora os meninos pré-históricos regressam à pré-história, mas desta vez com companhia.
Ato V
Cena I
Nesta cena entram todos os pré-históricos e as vítimas. Todas se localizam na pré-história (no primeiro cenário)
Pré-históricos: (em coro) Finalmente estava a ver que não voltavam!
Menino da pré-história: Ora essa! Nós nunca vos abandonaríamos.
Menina da pré-história: Também estávamos cheios de saudades vossas e também estamos muito contentes por voltar a ver-vos. Mas agora, o assunto é outro. Trouxe-vos umas pessoas que nos querem dizer uma coisa, muito importante.
Vítima(1): Queria esclarecer-vos o seguinte: Nunca devem bater ou insultar alguém, independentemente de quem seja esse alguém, pois com isso nunca ganharão nada na vida. Ao fazer isso só estão a magoar o outro e a alimentar-se da sua dor, seja ela física ou psicológica. E olhem que eu sei daquilo que falo, porque embora não o saibam, eu já fui agredida e acreditem que não é nada, mas mesmo nada bom estarmos quase sempre a sermos esmurrados pelos nossos pais, ou outra pessoa qualquer.
Pré-históricos: (em coro) Ok! Prometo que nunca mais na vida irei agredir alguém, independentemente da situação ou da pessoa que pensarei agredir.
Vítima(2): Agora peço-vos que passem esta mensagem a todos os que conhecerem, pois desta forma o mundo será, certamente, uma lugar melhor para todos nós. Não se esqueçam, nunca de mostrar aos outros o que hoje aprenderam.
Os meninos pré-históricos dirigem-se juntamente com as vítimas, de novo, para o futuro.
Ato VI
Cena I
Nesta cena entram os meninos pré-históricos, as duas vítimas e o narrador. Encontram-se na cidade inicial (muito movimentada e com prédios por toda a parte).
Narrador: Agora depois de todos aprenderem a lição, os meninos da pré-história voltam ao futuro. Quando aí chegam apercebem-se que no curto espaço de tempo em que saíram dali muita coisa mudou. Existem muitas mais agressões e todas elas mesmo à frente dos seus próprios olhos.
Menina da pré-história: Como é que isto aconteceu? Passou pouquíssimo tempo desde que fomos e voltamos. Temos de travar isto, rapidamente.
Narrador: Rapidamente os meninos da pré-história resolvem os problemas de várias famílias. Apenas faltavam dois: os das vítimas que estavam com eles.
Menino da pré-história: Ah! Esquecemo-nos de resolveram as coisas com as vossas famílias.
Os meninos pré-históricos foram à casa da primeira vítima que estava com eles.
Ato VII
Cena I
Em cena permanecem a primeira vítima, os meninos da pré-história e entram os agressores. A cena passa-se na casa da primeira família.
Agressor: (arrogante) O que é que querem de nós? Vão-se embora.
Agressora: Sim, deixei-nos em paz, de uma vez por todas. (para um pouco e pensa) (confusa) E a nossa filha por que é que está convosco?
Ato VIII
Em cena entra o narrador os meninos da pré-história e a segunda vítima. Isto acontece perto da casa da segunda vítima.
Narrador: Começam a falar e quando acabam de explicar a razão pela qual a sua filha estava com eles, depois de conseguirem resolver a situação e de sensibilizarem os pais da criança, os meninos da pré-história dirigem-se à casa da segunda vítima acompanhada pela mesma, porém quando lá chegam os pais estão a discutir, novamente.
Menina da pré-história: Queria dizer-te que o que os teus pais te fizeram não está correto, como tu sabes. Deves avisar a polícia, para que possam resolver a situação o mais rápido possível.
Vítima(2): Ok! Vou fazer isso mesmo agora, por muito que me custe. Já estava a ficar desesperado! É muito difícil estar sempre a levar socos e estaladas dos meus pais.
Ato IX
Cena I
Não existe cenário e entram em cena o narrador, os agressores, as vítimas e todos os pré-históricos.
Narrador: A vítima ligou à polícia e os pais são presos e a criança/vítima e enviada para uma instituição. Quando são libertados, com dificuldade voltam a recuperar o filho e desde aí nunca mais voltaram a agredir ninguém. Aprenderam a lição!
Agressor: (dirigindo-se ao público) Em primeiro lugar, espero que tenham gostado. Mas sobretudo, espero que tenham entendido a mensagem que ele transmite.
Agressora: (dirigindo-se ao público) Espero que nunca façam o que foi aqui demonstrado pois é claramente errado. Nunca, sem exceções o devem fazer.
Vítima(1): (dirigindo-se ao público) Hoje em dia muitas crianças são agredidas. Espero que a nossa geração faça com que isso mude.
Vítima(2): (dirigindo-se ao público) Estamos aqui para defender as crianças. Hoje dia mundial contra a agressão infantil, e não só, tentamos sensibilizar as pessoas a acabar com tudo isto.
Narrador: (dirigindo-se ao público) Todos nós podemos fazer a diferença e mudar o que está errado. Pesem no que fazem no vosso dia a dia e nunca se esqueçam que todos os atos que fazem têm consequências, mas tarde ou mais cedo.
Menino da pré-história: (dirigindo-se ao público) Defendam os vossos direitos e os vossos serão defendidos, com toda a certeza.
Menina da pré-história: (dirigindo-se ao público) Acham que as crianças por serem mais pequenas não têm os seus direitos, pois estão enganados. Todos nós os temos independentemente das circunstâncias.
Pré-histórico(1): (dirigindo-se ao público)Defendam os diretos uns dos outros, não se irão arrepender.
Pré-histórico(2): (dirigindo-se ao público) Espero que tenham gostado e peço que sempre sejam contra à agressão infantil.
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Isabel Magalhães, Guilherme Rodrigues, Maria Ana Silva, Maria Inês Costa, Marta Góis, Lourenço Vieira, 6.º B